Francisco Bernardo de
Freitas Filho
Um dia, quando ainda adolescentes na cidade de Viçosa-MG,
me apaixonei pelo Karatê, após 7 anos como aluno de capoeira do grupo LUVE da
Universidade Federal de Viçosa que tinha como
Mestre Dan Érico Lobão.
Achava incrível participar dos treinos que eram
ministrados com humildade e sabedoria, mas o que mais me interessava era a
filosofia e que muitas das vezes durante o treino, nós alunos sentávamos e
atentamente ouvíamos do professor a história que aquela arte carregava. Era
mais que um esporte, era um caminho de reflexão sobre a vida que grandes homens
haviam trilhado. Hoje assisto triste o episódio medonho do karatê brasileiro.
Ao invés de caminho, a cada dia muitos outros atalhos se formam. Uma
necessidade egoísta de quem sabe mais, de quem tem mais medalhas, de quem é o
melhor árbitro, de quem segue a linhagem correta, de quem gradua alunos meus
sou eu, de quem faz o certo ou errado, enfim, faz com que a arte milenar seja
apenas uma caricatura em nosso país. Não sou doutor na arte para dizer isso,
mas como um apaixonado pela “Divina Arte Karatê-Dô” e praticante a 40 anos preciso
alertar: É hora de acabar com a arrogância de quem busca junto às cores de
faixas e as bandeiras de associações e federações o seu CAMINHO. Não importa as
medalhas se por trás delas uma rede de intrigas e rivalidades são
construídas!!. Sejamos maduros e, sobretudo, façamos cumprir o DOJOKUN:
FIDELIDADE PARA COM O VERDADEIRO CAMINHO DA RAZÂO E RESPEITO ACIMA DE TUDO!!